Esse parece
ser o consenso e tenho que dar minha ‘mão à palmatória’ que também ando a
sentir esse apressamento dos tempos. Um diagnóstico de ligeireza se apossa de
todos nós. Parece que adormecemos numa noite de janeiro e sem nos darmos conta,
acordamos em dezembro com lembrança de ter um friozinho no meio. A sensação é de
que mal começou o ano e já é hora de cantar “Adeus ano velho” outra vez.
Será que é
apenas uma sensação? Hum...
Saibam que existem
terríveis teorias conspiratórias de que a Terra anda dando suas voltinhas mais
rápidas que antigamente e que o tempo está mesmo mais célere. Isso quer dizer
que se tudo está mais rápido, nossa vida passa mais rápido também. Não sei se
gostei disso... Só sei que quando acabo de guardar a última bolinha da árvore
de natal, já é hora de montá-la de novo.
Pelo menos
ainda lembro onde guardei...
Ando
pensando em deixar tudo pronto ad infinitum, só para não ter mais essa trabalheira.
Deixo tudo decorado o ano inteiro, inclusive o presépio, e pronto! É sempre Natal!
Pode
parecer procrastinação de gente preguiçosa e é mesmo, pois já estou meio
cansada dessa correria, e que tem alguma coisa muito errada tem...
Se for
apenas uma percepção ilusória, o que sinceramente espero, é certo que pelo
menos a velocidade da evolução tecnológica é real. Principalmente nos últimos
anos.
Todo essa enrolação acima é para costurar um assunto que eu não sabia por onde começar e como
minha lógica feminina me permite devaneios lá vou eu.
Só tem uma
coisa que ficou mais lenta nesse nosso mundo: O nosso amadurecimento!
Quer dizer, nossa forma de encarar a vida com as necessárias responsabilidades, assumindo os papéis que nos cabem.
Maturidade, pura e simples!
Quer dizer, nossa forma de encarar a vida com as necessárias responsabilidades, assumindo os papéis que nos cabem.
Maturidade, pura e simples!
Observem
comigo: Dia desses, eu li numa reportagem, que os cinquentões de hoje são os “trintinhas”
de vinte anos atrás. Bom, cinquenta menos vinte é igual a trinta. A conta até
que dá certo!
A verdade é
que as pessoas de cinquenta anos hoje estão agindo como se tivessem trinta e
dessa forma convivem, se vestem, se articulam, namoram, falam e vivem com mais
alegria de juventude. Frequentam academias, comem bem, cuidam-se melhor, viajam
e divertem-se mais... Uma geração sábia. Principalmente a mulherada.
Acho que se
Balzac fosse vivo, hoje escreveria “Mulher de cinquenta anos”.
Voltando à
reportagem, esta seguia dizendo que, como a expectativa de vida aumentou sobremaneira
nas últimas décadas, a sensação de proximidade com a morte diminuiu e
consequentemente modificou a atitude das pessoas, principalmente dos
cinquentões.
Faz todo
sentido!
Encontram-se
mais pessoas de cinquenta anos (que há trinta anos atrás, prestes a se
aposentar, se preparavam para ir jogar dominó de pijama na praça), que estão
hoje procurando novos ofícios , viajando e recomeçando sob
muitos aspectos.
Estar
próximo dos cinquenta anos não dá mais aquela sensação de que é agora ou nunca.
Passou a ser uma idade de plenitude.
Mas é claro
que tudo tem seu lado ruim.
Não... Não
sou chata, sou só libriana e gosto de analisar todos os lados das questões.
Se os “cinquentões”
agem como se tivessem trinta, como agem estes? O que estaria acontecendo com os homens e mulheres de trinta anos?
Bom, as
mulheres de trinta estão vorazes, invadindo ferozmente o mercado de trabalho, morando
sozinhas, fazendo seu próprio caminho. Por quê? Ora porque não tem mais maridos
disponíveis na faixa etária “adequada”.
Os homens
de trinta anos?
Rá! Esses
só vão completar os seus trinta anos mentais daqui a vinte anos, se seguirem a
tendência e, portanto agem como se tivessem dez anos: Não querem mais se casar
na idade ‘apropriada’ se é que existe isso, e querem continuar vivendo, comendo
e dormindo na casa da mamãe.
Afinal são meninos ainda...
Os de vinte?
Ora, esses mal acabaram de nascer...
Portanto, ficam
esses meninos de trinta anos grudados na barra da saia da mãe com o aval do pai,
por anos; Às vezes trabalham e outras nem isso. O fato é que não estão a fim de
nada, muito menos de compromisso sério e de construir seu próprio lar.
Também... Para
que? Ainda é cedo para se “amarrar”. Melhor curtir a vida e deixar para pensar
nisso mais tarde. Depois dos quarenta, ou cinquenta...
Entretanto,
tem certas coisas que a natureza não deixa barato.
Olha a
libriana de novo...
Se uma
mulher não tem filhos até os trinta e poucos anos, seu corpo começa a
dificultar gradativamente a concepção. Então, num desespero talvez inconsciente,
quiçá para a perpetuação da espécie, a mulherada sai tendo filhos através de produção
independente. Isso já vem acontecendo há algum tempo.
Que fique
claro que estou fazendo uma observação laica, já que não sou nenhuma analista
do IBGE, mas o próprio apresentou um estudo de que famílias sem pai cresceram
sobremaneira nas últimas décadas.
Do meu
lado, eu só fico observando os “meninos de trinta” e está mesmo muito
esquisito.
A mãe compra
a roupa, lava e passa também, além da comida. O pai empresta o carro, dá o
dinheiro do motel, que ele guarda, pois “transa” com a namorada em casa mesmo,
o que é permitido e até incentivado ao infante trintão com a desculpa de que é mais
seguro, mais confortável e menos perigoso.
Para que, o
pimpolho quer crescer?
Flávio Gikovate
fez essa análise há tempos, observando que o que movia os garotos era a necessidade
sexual, e por conta disso eles corriam atrás de um emprego, queriam comprar um carro e ter dinheiro para sair com
a namorada ou equivalente. Tudo pelo sexo que é a coisa mais importante na cabeça
da maioria dos jovens.
Com tantas facilidades,
conivência dos pais, emancipação das mulheres, não é preciso fazer muito. As
meninas vêm até eles com os próprios carros, com a permissão dos pais delas e
deles e nem é preciso ter emprego, nem sair a “caça”, nem nada.
Basta um quarto
na casa dos pais e uns trocos de mesada para uma balada eventual. Até a bebida
alcoólica os pais financiam com a desculpa da procedência e qualidade.
Melhor
beber em casa...
Fala a
verdade, casar pra quê?